Sou Juliana. Sou música, prosa e poesia. Sou de essência. Sou de momento. Sou impulso e sou vontade, de abraçar, de falar, de sentir. Sou apego, e disso sou consciente. Sou emoção instável, sou posição firme. Sou de lua, a crescente, a cheia, a nova. Sou dia e noite, porém mais dia que noite. Sou mais terra que água. Sou ar. Sou o contorno das coisas.
Sou cara lavada. Maquiada. Sou cabelo liso, ondulado. Sou cabelo preso, solto. Mal preso sou mais. Sou vestido solto e florido. Sou cores, e muitas! Mas sou preto e sou branco. Sou jeans surrado, sou all star. Sou acessórios. Sou esmalte escuro ou francesinha. Sou brilho, sou opaco.
Sou cozinha. Sou saladas, grelhados. Sou temperos fortes, marcantes, cítricos. Sou pimenta. Sou comida japonesa. Sou culinária contemporânea. Sou pouco carne. Sou chocolate, ao leite. Sou café. Sou muito sorvete de menta. Sou bala azedinha, e de canela. Sou matte na praia, em casa e no trabalho. Sou cabernet sauvignon, sou brie. Sou apple martini.
Sou cinema, mas sou pouco TV. Sou Woody Allen e Hitchcock. Sou o pantone de Almodóvar e o não linear do Tarantino. Sou mais o roteiro do que a encenação. De TV: sou GNT, sou National Geographic, sou History Channel. Sou documentário.
Sou muito Rio de Janeiro. Sou metrópole, como NY. Mas sou mais Europa. Seria Paris, seria Amsterdam, seria Barcelona e Roma. Sou mais verão que inverno. E mais outono que primavera. Mas sou flores, sou natureza, sou mar. Sou o meu lugar no Jd. Botânico.
Sou rock’n’roll. Blues. Jazz. Surf music. Sou o pop rock masculino e o indie britânico. Sou Bach. Sou música calminha, acústica. Sou música agitada. Sou menos boate, mais bar. Sou mantras e meditação. Sou minha fé. As minhas crenças. Sou o meu dia de sol, e o meu próprio horizonte.
Sou olhar. Sou sensibilidade, e sentidos. Sou sublime no banal. E sou sorrisos. Sou o pensar demais, sou o dramatizar também. Sou fragilidade e sou dúvidas. Sou múltipla, inacabada. Sou de instinto também. Mas tento ser razão. Sou delírio, espetáculo. Sou eu mesma.